Como o conceito de omnichannel deixou de ser uma tendência para ser a realidade do comércio estabelecido entre empresas. Mas, será que ele funciona para o B2B e é capaz de ampliar o seu negócio internacionalmente?
Quando falamos sobre as mudanças no mercado de vendas, entender quais delas devem ser consideradas como “tendências” e quais já são realidade pode ser um desafio. O conceito de omnichannel, por exemplo, não deve ser visto mais como uma possibilidade, e sim como a principal regra vigente no mercado atual.
Apontada até bem pouco tempo como “uma das principais tendências”, a presença do omnichannel nas empresas se tornou obrigatória. Essa série de mudanças na forma de pensar a relação com o público nasceu da necessidade de as empresas aumentaram sua competitividade em um cenário cada vez mais digital: com o aumento das vendas on-line em 2020, chamar a atenção dos consumidores virou um grande um desafio — e sua fidelização, algo quase impossível.
Como então fazer isso? Literalmente, agradando o cliente em todas as etapas, sem exceção. O investimento em sites com layouts mais bonitos e intuitivos, aliado a aplicativos próprios e conteúdo personalizado para o público, além de um bom atendimento digital (via chats, redes sociais e Whatsapp). É necessário também investir em tecnologia de ponta para garantir a segurança de dados e transações, assim como em uma logística visando maior agilidade nas entregas.
No entanto, o empreendedor não deve pensar apenas no B2C (modelo de negócio em que a empresa vende para o cliente final), mas em uma omnicanalidade capaz de atender o B2B (quando uma das empresas age como fornecedora para outra). Ao analisarmos números apresentados em um estudo desenvolvido pela McKinsey’s, é possível afirmar que o omnichannel já é uma realidade também para o B2B e deve continuar a crescer, alterando, portanto, o mercado global de vendas como o conhecemos.
Durante os meses da crise impostos pela pandemia de Covid-19, o crescimento do omnichannel nas transações B2B estabeleceu um caminho sem volta: os compradores querem ter diferentes canais de contato e um serviço que funcione tanto no digital como no mundo físico. A opção por essa forma de realizar compras atende a diferentes demandas como praticidade, agilidade e eficiência.
Atualmente, oito em cada dez lideranças acreditam que o omnichannel seja mais efetivo do que os métodos tradicionais; a adesão ao formato é impressionante: até 2019, 53% acreditavam ser esta a melhor forma de realizar negócios B2B; no último mês de fevereiro, esse número correspondia a 83%.
Sabemos que os serviços digitais e as possibilidades de interação, características do omnichannel, estão em constante evolução: grandes empresas investem pesado e não há nenhuma previsão ou expectativa de retorno ao passado: 90% dos responsáveis por decisões de compras B2B acreditam que o modelo veio para ficar – aliás, 3 em cada 4 afirmam que ele é o mais eficiente para ambos os lados.
Com o omnichannel sendo a nova regra para o B2B, 64% das lideranças esperam ampliar as vendas nos próximos meses do ano, interagindo por meio de vídeo, aplicativos, telefone e também pessoalmente.
O cenário para vendas B2B via omnichannel não poderia ser mais promissor. Porém, a constante evolução das possíveis abordagens sobre o tema tende a tornar a concorrência desleal; uma vez que as grandes empresas devem criar, com base na inteligência artificial e no uso de dados, ferramentas cada vez mais personalizadas para se relacionarem. A criatividade será, portanto, um fator decisivo nessa fase atual. Prepare-se para um B2B muito mais ousado e inovador.